26/06/2014

Produção webwriting - DRE Itaquera

Somos todos ratos?
por Milena Santos

Durante o jogo dos times espanhóis Barcelona e Vilarreal no dia 27 de abril deste ano um torcedor jogou uma banana no campo, numa suposta atitude racista, o jogador Daniel Alves pegou a fruta e simplesmente a comeu. Em apoio à atitude de Daniel Alves, o jogador de futebol Neymar postou em suas contas em famosas redes sociais uma foto do momento que lateral–direito comia a banana e escreveu: … # somos todos macacos. 

A frase gerou uma forte polêmica. Macacos? Muitos opinam que essa frase em vez de combater o racismo endossa a utilização deste termo usado de forma pejorativa, outros acreditam que essa frase mostra que o que um ser humano é todos são, se o Daniel Alves é um macaco, somos todos macacos.

Verdade inquestionável que nós humanos necessitamos urgente entender que naturalmente somos gregários, para sermos realmente felizes devemos viver em grupo, devemos amar e nos sentir amados, isoladamente é impossível viver. Não importa a cor da pele, a raça, ou qualquer diferença que haja, nós somos interdependentes, e que características físicas que nos diferem, apenas nos embelezam, pois se fossemos todos iguais não conheceríamos a beleza da diversidade, e que graça haveria e qual seria a utilidade da liberdade de escolhas e gostos se não houvesse opções. O que seria de você que gosta de melancia e odeia banana se todas as frutas tivessem o gosto e formato deste último fruto citado?

Os pombos que aparecem no início desta matéria não possuem inteligência intelectual para questionar porque nós – aqueles que invadiram seu habitat e o destruiu construindo milhares de prédios, casas e se apropriou do seu lar – o chamamos de ratos voadores, pois transmitem doenças por conta da nossa poluição, mas nós humanos podemos discutir, questionar, meditar e lutar contra o racismo.

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